Em junho de 2023, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), Lucien Belmonte, se reuniram para debater um tema de grande relevância: a descarbonização do setor de vidro através da implementação de tecnologias inovadoras e sustentáveis em toda a cadeia produtiva.
Lucien Belmonte, presidente da Abividro, destacou a necessidade de evoluir a produção de vidro, que historicamente tem se mantido inalterada ao longo dos séculos, predominantemente dependendo das composições de carbono.
Ele foi apontado para uma nova era na indústria do vidro, na qual estão explorando alternativas como o biogás e o hidrogênio verde como fontes energéticas. Esse movimento representa uma mudança significativa na direção dos processos mais ecologicamente corretos.
Belmonte também investigou os estudos em andamento que buscam soluções para o desafio da transição energética na fabricação de vidro, visando torná-la mais sustentável. Ele destacou a possibilidade de substituir componentes tradicionais, como a barrilha, um composto mineral, por materiais de origem vegetal, demonstrando o compromisso do setor com práticas mais ecoamigáveis.
Por sua vez, a ministra Luciana Santos enfatizou a importância da ciência e tecnologia na resolução dos grandes desafios nacionais e no benefício da população. Ela destacou que a transição energética, uma parte crucial da agenda de descarbonização, é um dos principais pontos da estratégia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O Brasil, com sua matriz energética predominantemente sustentável e renovável, é uma autoridade no assunto e está determinado a liderar a iniciativa rumo a práticas mais ecológicas no setor de fabricação de vidro.
Atitude da indústria de vidros planos:
Em uma atitude que joga a favor dessa discussão e do planeta a Cebrace, em parceria com Saint-Gobain e NSG/Pilkington, projetou-se o biometano na produção de vidro em Jacareí, São Paulo, marcando uma inovação no setor vidreiro brasileiro.
Originado de resíduos urbanos, o biometano substituirá parte do gás natural, resultando em uma redução de 25 mil toneladas de CO2 anualmente, equivalente ao plantio de 125 mil árvores. A empresa planeja expandir essa prática sustentável para outras unidades fabris.
A iniciativa faz parte dos esforços da Cebrace em busca de exportações mais sustentáveis, incluindo redução de emissões de CO2, consumo de água, resíduos não recuperados e análise do ciclo de vida dos produtos. A empresa também foi a primeira do Brasil a divulgar uma Declaração Ambiental de Produto (EPD) para vidro flutuante e vidros de proteção solar, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade e transparência na fabricação de vidro.■
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