A gigante multinacional Saint-Gobain ajustou sua projeção de crescimento de receita no Brasil de 15% para 5%, revelou Javier Gimeno, presidente da companhia para a América Latina, em entrevista ao jornal Valor Econômico. A empresa esperava resultados aquém do esperado no primeiro semestre, o que impactou suas perspectivas para o restante do ano.
Apesar desse prognóstico proposto, Gimeno manifestou otimismo em relação ao futuro da empresa, que abriga marcas como Cebrace, Quartzolit, Brasilit e as redes de varejo Telhanorte e Tumelero. Ele destacou uma virada positiva no volume de vendas em julho como um sinal encorajador para o desempenho do país em 2024.
A Saint-Gobain encontra motivos para o seu otimismo em meio às condições econômicas adequadas, incluindo a queda das taxas de juros e a inflação sob controle, fatores que devem estimular o consumo. Programas governamentais, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa Minha Casa, Minha Vida, também são vistos como impulsionadores de confiança.
A redução da taxa Selic, que tornará o crédito imobiliário mais acessível, bem como a expectativa da reforma tributária, compõe as razões para o otimismo em relação ao futuro da empresa no Brasil. Vale ressaltar que o Brasil é responsável por aproximadamente dois terços de todas as vendas da Saint-Gobain na América Latina, que totalizaram 1,2 bilhão de euros no primeiro semestre, de acordo com o balanço da empresa. Do montante arrecadado no país, a multinacional reinveste cerca de 5%, alocando 1% desse valor para iniciativas de descarbonização.■
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