Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no final do ano passado aponta que 2017 foi um dos anos mais quentes já registrados na história - e 2018 pode não ficar atrás. Levando em consideração esse cenário, o Jornal do Vidro quer saber: você protege sua pele dos raios solares? Se a resposta for não, é hora de começar.
Ao fazer uma instalação para um cliente em uma tarde ensolarada, por exemplo, sua pele estará sofrendo com a ação do sol mesmo que você não perceba. Existem dois tipos de raios de luz ultravioletas, invisíveis ao olho humano, que são emitidos pelo sol e absorvidos por nosso organismo: os raios UVA e UVB. Os últimos atingem as camadas mais superficiais da pele e são responsáveis pelas queimaduras solares, que causam vermelhidão. Já os raios UVA penetram profundamente na pele e são responsáveis pelas manchas de sol e envelhecimento precoce, além de aumentarem a predisposição ao câncer de pele.
Para evitar o câncer de pele e outras ações do sol, é preciso incorporar alguns cuidados simples na rotina de trabalho – e de vida. Em primeiro lugar, evite quando possível fazer instalações em locais abertos ou outros serviços embaixo do sol entre as 11h e as 16h, quando os raios solares estão mais intensos. Se não der para escapar, proteja-se. O primeiro passo é aplicar filtro solar em todas as partes do corpo que ficarão expostas: rosto, pescoço, mãos, ombros, braços... Muita gente torce o nariz para os filtros solares por conta da textura pegajosa que a maioria apresentava até alguns anos atrás, mas felizmente as fabricantes têm desenvolvido texturas variadas que se adaptam a todas as necessidades, muito além daquele branquinho que todo mundo usa na praia. Práticas, as versões em spray e em aerossol são fáceis de aplicar e ideais para os momentos de pressa. Já as versões para praticar esporte são as mais resistentes a um dia cheio de trabalho. Na hora de comprar, procure no rótulo por termos como “sport” ou “muito resistente ao suor”. Quem tem a pele mais oleosa pode gostar das fórmulas livres de óleo, que não engorduram o rosto. Se este é seu caso, busque por texturas em gel e pelo termo “oil-free” nas prateleiras.
E o fator de proteção, descrito nos rótulos pelas sigla “FPS”? Diante de tantos números diferentes, fica fácil se confundir. Apesar dos muitos filtros com fator de proteção número 20, 15 ou ainda menor, o Consenso Brasileiro de Fotoproteção definiu que o fator de proteção mínimo recomendado é o 30. Esse número significa que a pele vai demorar trinta vezes mais para ficar vermelha do que se você não estivesse usando nada. Quanto maior o fator de proteção, mais tempo leva para a pele se queimar em exposição ao sol. Para peles negras e morenas, que queimam com menos facilidade, o FPS 30 é suficiente. Já peles mais claras pedem fatores mais altos, como 50 e 60
Além do filtro solar, a proteção fica mais completa com o uso de boné ou chapéu e óculos escuros. Mas atenção: só compre óculos escuros em óticas ou lojas de confiança que garantam a proteção UV nas lentes. É melhor não usar nada do que usar óculos escuros falsificados ou sem proteção contra os raios solares, pois a tendência manter os olhos mais abertos por trás das lentes escuras, e se não houver proteção, os raios solares podem queimar as pupilas. Uma dica extra é usar roupas com proteção solar, facilmente encontradas em lojas de artigos esportivos, ou camisetas de algodão, evitando as de cor preta.
Além de seguir essas recomendações, é importante prestar atenção a alguns sintomas que podem indicar câncer de pele: pintas pretas ou que mudaram de cor, manchas irregulares, sinais que mudam de tamanho e feridas na pele que demoram mais de um mês a cicatrizar. Ao perceber qualquer uma dessas alterações, deve-se procurar um médico dermatologista o quanto antes. Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Incorporando hábitos de prevenção e autoexame à rotina, qualquer pessoa pode garantir um lugar ao sol.