Dolar em alta reaquece a indústria nacional
- Redação do Jornal do Vidro
- 27 de fev. de 2015
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Para reportagem publicada na edição online do Jornal Valor Econômico, no início do mês de fevereiro, a jornalista Marta Watanabe entrevistou alguns empresários que, devido a alta do dólar, optaram pela reativação da fabricação de determinados insumos, antes importados, com o objetivo de diminuir custos. Embora a ação não atinja todos os setores da indústria, empresários optantes por essa estratégia relatam uma redução no custo refletindo no cálculo do preço e na recomposição da margem de lucro do produto final.
Segundo Edgar Dutra, diretor da Metalplan, a desvalorização do real frente ao dólar abriu espaço para que a empresa voltasse a fabricar peças que vinha importando há três anos. Conforme Dutra, no segundo semestre de 2014 o setor de produção de componentes antes importados foi reativado, o que resultou, no fim das contas, numa redução média de 5% no custo de industrialização, sendo que, para alguns produtos, essa redução chegou a 25%.
Outra empresa que voltou a fabricar peças foi a Engrecon. Segundo o José Carlos Nadalini, sócio e fundador da empresa, geralmente a usinagem das peças menores era feita na própria empresa, porém, quando o dólar não estava tão valorizado era mais barato importar, cenário que não acontece agora. Segundo ele, com o dólar valorizado o aço forjado bruto ainda é importado, porém, a usinagem é feita internamente. A vantagem dessa manobra está na redução de custos com a logística da importação e na eliminação dos riscos de ter que refazer o processo em função de defeitos, situação que ocorre várias vezes, segundo Nadalini.
Segundo Watanabe, os dados fornecidos pela Confederação Nacional da Indústria, até setembro de 2014, mostram que a desvalorização do real frente ao dólar fez com que o custo das importações sofresse uma alta de 1,4% nos três últimos meses do ano em comparação com o último trimestre de 2013. Segundo a jornalista, “essa alta, aliada à redução de 1,2% no custo industrial brasileiro, no mesmo período, elevou a competitividade do manufaturado nacional.”
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Fonte:www.valor.com.br/brasil/3894214/cambio-leva-empresa-substituir-importado-por-producao-nacional